TRADUÇÕES - DOENÇA DE PARKINSON

Este blog destina-se a textos traduzidos sobre DP e integra o site (conjunto de blogs) Doença de Parkinson.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Technion
הטכניון
PRESS
RELEASE

Technion – Israel Institute of Technology, Technion City, Haifa 32000,
Tel: 04-8235193, Fax: 04-8235195

Realidade virtual ajuda pessoas com distúrbios do movimento a andar

Um dispositivo inovador, desenvolvido pelo prof. Yoram Baram, da Technion Faculty of Computer Science, de Israel, usa a realidade virtual para melhorar a marcha nas pessoas idosas, bem como em pacientes com Parkinson, derrame cerebral e, de uma forma geral, em pessoas com distúrbios do movimento - possivelmente reduzindo sua necessidade de medicação ou de cirurgia.


O aparelho - um pequeno dispositivo preso ao vestuário do paciente – mostra um piso quadriculado através de um dispositivo minúsculo colado aos óculos do paciente. A presença continua de padrões quadriculados estabiliza a informação visual protegendo o usuário de tropeços e quedas ao caminhar. A inovação patenteada é a primeira de seu tipo a responder aos movimentos do paciente fornecendo uma exposição visual constante.


"A imagem reage aos movimentos do paciente exatamente como na vida real," explica Baram. "Por exemplo, quando o paciente está parado, o assoalho virtual não se move, mas quando começa a andar, o piso começa mover-se abaixo dele. Quando ele se vira, a imagem do assoalho vira também. O paciente sente como se estivesse andando normalmente numa superfície."

A idéia do projeto surgiu há 12 anos quando Baram projetava para a NASA um mecanismo de navegação de helicópteros, em vôo baixo em torno dos obstáculos tais como árvores, edifícios e postes elétricos. O conceito desse projeto, que Baram aplicou mais tarde ao dispositivo médico, é que as imagens óticas dos objetos ajudam o observador a se estabilizar no espaço.


"Uma pessoa que caminha usando imagens visuais para orientar-se não esbarra”, diz Baram, que graduou-se em engenharia aeronáutica na Technion, fez o mestrado em aeronáutica e astronáutica no MIT e o um PhD em engenharia elétrica e ciência da computação no MIT. "Enquanto uma pessoa saudável tem mecanismos internos que a ajudam a se equilibrar, tais como o líquido no interior do ouvido, as pessoas mais velhos tem deficiência nessa área. Mas podem ser ajudadas por sugestões visuais, tais como os ladrilhos, que funcionam através do biofeedback."


Em colaboração com o Dr. Judith Aharon Peretz, chefe do Departamento de Neurologia Cognitiva do Rambam Hospital, Baram testou o dispositivo em mais de 40 pacientes, variando de 46 a 82 anos de idade. Na primeira fase do estudo, todos os participantes tinham Parkinson, mas o estudo incluiu também outras pessoas, como pacientes que tinham sofrido derrames e idosas que viviam em asilos em Haifa.


Os resultados foram surpreendentes, diz Baram, com todos os pacientes mostrando algum grau de melhora na sua marcha. Alguns experimentaram melhoria drástica similar aos efeitos da medicação ou da cirurgia do cérebro, mas sem os efeitos colaterais adversos.

Os testes clínicos mostraram que o dispositivo também pode trazer benefícios a longo prazo. Após ter usado o aparelho menos de 30 minutos, a maioria de pacientes podiam andar melhor, por um período curto de tempo, mesmo depois da retirada do dispositivo.


"Quando vi estes resultados positivos fiquei espantado, muito excitado e gratificado," lembra Baram. "Depois que publiquei um artigo no ano passado sobre o assunto, os médicos duvidaram que a coisa funcionasse. Naturalmente eu tinha também minhas dúvidas. Era uma teoria que necessitava ser comprovada, e tivemos sucesso nisso."

Fonte: Technion

Tradução: Marcilio Dias dos Santos, com o auxílio do Babel Fish da Altavista.