DIAGNÓSTICO PREMATURO DA DP
“TESTE COM MARCADOR BIOLÓGICO PODE ALERTAR SOBRE DANO OU DOENÇA CEREBRAL
GAINESVILLE, Flórida - Uma forma de detectar fragmentos das células do cérebro que escapam pela corrente sanguínea pode ajudar os médicos a tratar mais rapidamente e com mais certeza às pessoas com danos severos ou doenças cerebrais, afirmam pesquisadores do Instituto do Cérebro McKnight, da Universidade da Florida.
Cientistas da UF descobriram que podem usar uma abordagem similar àquela empregada comumente nos testes de HIV ou na gravidez para detectar sinais de axônios - fibras nervosas que atuam na comunicação entre as células cerebrais - no sangue e no líquido da espinha de cobaias, nas pesquisas sobre traumatismos da coluna e danos ao cérebro.
A descoberta poderá conduzir a testes clínicos que eliminarão o campo de batalha dos diagnósticos, com apenas algumas gotas do sangue, e dispensando os equipamentos de imagem do cérebro, os incômodos e caros CT e MRI. Os pesquisadores relataram suas conclusões de pesquisa na última edição virtual da Biochemical and Biophysical Research Communications.
Os restos celulares, derivados de uma proteína chamada NF-H, não foram encontrados no sangue ou em outros líquidos de animais e de seres humanos saudáveis. Isto levou os pesquisadores a acreditar que trata-se de um marcador biológico, uma substância que quando encontrada no sangue sinaliza a presença da doença ou do dano.
"fàcilmente pode-se ver que esta proteína em particular é detectável logo após a ocorrência de uma doença ou ferimento" disse Gerry Shaw, Ph.D., professor de neurociência na faculdade da medicina. "A maior parte dela é liberada nos dois ou três dias após um ferimento do cérebro ou da medula espinhal, o que torna-se interessante porque sinaliza a morte de um tipo de célula do cérebro, permitindo potencialmente alguma ação terapêutica."
Este fato pode ser importante na clínica, mas é também relevante em termos de trabalho experimental de ciência básica, "disse Dena Howland, Ph.D., professora assistente de neurociência na UF, que pesquisa terapias para o tratamento da medula espinhal, e os outras dos autores do trabalho. "Isto é uma forma para saber se nossos procedimentos estão funcionando."
Os pesquisadores detectam a proteína NF-H com um método largamente usado chamado ELISA, uma espécie de teste aplicado para enzimas ligadas à imunodeficiência. Variações desse teste são usadas ara confirmar a gravidez e infecção por HIV. Usa componentes do sistema imune chamado os anticorpos, que têm uma afinidade natural a formar determinados compostos.
Neste caso, Shaw desenvolveu anticorpos que reagem positivamente à presença de NF-H. A estrutura da molécula presta-se à detecção fácil, porque contém as seqüências da proteína que são repetidas dezenas de vezes, cada uma podendo ser identificada por um anticorpos, aumentando a sensibilidade do teste. Outros marcadores potenciais podem ser identificáveis por somente uma amostra; a seqüência não se repete, tornando a tarefa mais difícil.
"A proteína NF-H é muito estável; daquelas que não se degradam facilmente, "disse Jean-Pierre Julien, pesquisador Canadense da área de mecanismos da neuro-degeneração, na Universidade de Laval, em Quebec, que não está vinculado ao estudo da UF. "faz sentido que quando há danos nos axônios esta proteína seja liberada e se torne detectável."
A etapa seguinte para os investigadores é determinar se a liberação de NF-H é uma característica universal de todas as lesões e doenças do cérebro.
Se houver confirmação, os cientistas esperam que o teste possa alertar para a presença de distúrbios tais como ALS, doença de Parkinson e doença de Alzheimer, que ocasionam muito sofrimento antes que os sintomas conhecidos apareçam nos pacientes.
Nota do Editor: O boletim de imprensa original pode ser visto aqui.
Fonte:
University of Florida
Date:
18-10-2005”
Fonte: Science Daily
GAINESVILLE, Flórida - Uma forma de detectar fragmentos das células do cérebro que escapam pela corrente sanguínea pode ajudar os médicos a tratar mais rapidamente e com mais certeza às pessoas com danos severos ou doenças cerebrais, afirmam pesquisadores do Instituto do Cérebro McKnight, da Universidade da Florida.
Cientistas da UF descobriram que podem usar uma abordagem similar àquela empregada comumente nos testes de HIV ou na gravidez para detectar sinais de axônios - fibras nervosas que atuam na comunicação entre as células cerebrais - no sangue e no líquido da espinha de cobaias, nas pesquisas sobre traumatismos da coluna e danos ao cérebro.
A descoberta poderá conduzir a testes clínicos que eliminarão o campo de batalha dos diagnósticos, com apenas algumas gotas do sangue, e dispensando os equipamentos de imagem do cérebro, os incômodos e caros CT e MRI. Os pesquisadores relataram suas conclusões de pesquisa na última edição virtual da Biochemical and Biophysical Research Communications.
Os restos celulares, derivados de uma proteína chamada NF-H, não foram encontrados no sangue ou em outros líquidos de animais e de seres humanos saudáveis. Isto levou os pesquisadores a acreditar que trata-se de um marcador biológico, uma substância que quando encontrada no sangue sinaliza a presença da doença ou do dano.
"fàcilmente pode-se ver que esta proteína em particular é detectável logo após a ocorrência de uma doença ou ferimento" disse Gerry Shaw, Ph.D., professor de neurociência na faculdade da medicina. "A maior parte dela é liberada nos dois ou três dias após um ferimento do cérebro ou da medula espinhal, o que torna-se interessante porque sinaliza a morte de um tipo de célula do cérebro, permitindo potencialmente alguma ação terapêutica."
Este fato pode ser importante na clínica, mas é também relevante em termos de trabalho experimental de ciência básica, "disse Dena Howland, Ph.D., professora assistente de neurociência na UF, que pesquisa terapias para o tratamento da medula espinhal, e os outras dos autores do trabalho. "Isto é uma forma para saber se nossos procedimentos estão funcionando."
Os pesquisadores detectam a proteína NF-H com um método largamente usado chamado ELISA, uma espécie de teste aplicado para enzimas ligadas à imunodeficiência. Variações desse teste são usadas ara confirmar a gravidez e infecção por HIV. Usa componentes do sistema imune chamado os anticorpos, que têm uma afinidade natural a formar determinados compostos.
Neste caso, Shaw desenvolveu anticorpos que reagem positivamente à presença de NF-H. A estrutura da molécula presta-se à detecção fácil, porque contém as seqüências da proteína que são repetidas dezenas de vezes, cada uma podendo ser identificada por um anticorpos, aumentando a sensibilidade do teste. Outros marcadores potenciais podem ser identificáveis por somente uma amostra; a seqüência não se repete, tornando a tarefa mais difícil.
"A proteína NF-H é muito estável; daquelas que não se degradam facilmente, "disse Jean-Pierre Julien, pesquisador Canadense da área de mecanismos da neuro-degeneração, na Universidade de Laval, em Quebec, que não está vinculado ao estudo da UF. "faz sentido que quando há danos nos axônios esta proteína seja liberada e se torne detectável."
A etapa seguinte para os investigadores é determinar se a liberação de NF-H é uma característica universal de todas as lesões e doenças do cérebro.
Se houver confirmação, os cientistas esperam que o teste possa alertar para a presença de distúrbios tais como ALS, doença de Parkinson e doença de Alzheimer, que ocasionam muito sofrimento antes que os sintomas conhecidos apareçam nos pacientes.
Nota do Editor: O boletim de imprensa original pode ser visto aqui.
Fonte:
University of Florida
Date:
18-10-2005”
Fonte: Science Daily