"José Luis Parodi
O gesto de um covarde:
Primeiro movimento
It´s only rock´n´roll but I like it
A sociedade de controle atual e a explícita urgência urbana oferecem entre suas vítimas, absolutamente pelo mundo todo, tanto físico como virtual, indivíduos das mais diferentes comunidades. Há os de sentimentos e emoções frágeis e intensos, desassistidos, não treinados, bloqueados, contidos ou condicionados, entre tantas outras possibilidades que o passado e a contemporaneidade exibem, induzem e promovem.
Esta peculiaridade já é lugar comum, oculto por um presente de gôndolas, vitrines, monitores e todos os produtos gerados na indústria, o entretenimento, a informação, o espírito e o pensamento. Tudo para satisfazer o consumidor, dentro de uma concepção de homem, plástico e maleável, que consome, silencia e evita os defeitos. Basicamente um covarde. Na verdade, nada que nos cause espanto.
A arte tampouco escapa disso, e faz décadas que esta inquietude foi revelada por figuras de destaque internacional e, por certo, também local. Entretanto, apesar das condições colocadas, aqueles que buscam a prática constante da livre expressão de seu interior, podem talvez lograr por momentos a ilusão de certa redenção.
Um pequeno roteiro de grande parte de tudo aquilo que serviu de guia, estímulo ou motivação para o desenvolvimento da obra de Parodi permite observar e constatar a presença de uma linha muito sólida demarcando um claro interesse expressivo em prol de uma emotividade oblíqua, tangencial, e um jeito próprio de lidar com as cores, atados à afabilidade e ao lado conflituoso de seus personagens.
Seria anacrônico, no meu entender, descrever o que eles expressam, pois esta instância apresenta-se hoje como singular e intransferível, onde cada observador estabelece sua horizontalidade, profundidade e hierarquia de vinculação. No autor, este vínculo é a busca subseqüente e o êxito de cada obra depende, além de forma, do grau alcançado em cada prática realizada. A arte, neste caso a pintura, é uma necessidade de ordem existencial para quem a realiza. Não é de estranhar portanto a orientação de profundamente individualista da obra de Parodi e um certo desenraizamento local.
Em que pese ser escasso ou nulo o interesse do artista em adotar práticas contemporâneas, sua obra consegue transitar por alguns fenômenos reconhecidos do cenário artístico internacional da atualidade.
Finalmente, a seleção de obras exibida em Marte Upmarket condensa em três instantâneos a cartografia e a orientação emocional e pictórica que apresenta grande parte de suas inquietudes e produção.
Diego Focaccio"
O gesto de um covarde:
Primeiro movimento
It´s only rock´n´roll but I like it
A sociedade de controle atual e a explícita urgência urbana oferecem entre suas vítimas, absolutamente pelo mundo todo, tanto físico como virtual, indivíduos das mais diferentes comunidades. Há os de sentimentos e emoções frágeis e intensos, desassistidos, não treinados, bloqueados, contidos ou condicionados, entre tantas outras possibilidades que o passado e a contemporaneidade exibem, induzem e promovem.
Esta peculiaridade já é lugar comum, oculto por um presente de gôndolas, vitrines, monitores e todos os produtos gerados na indústria, o entretenimento, a informação, o espírito e o pensamento. Tudo para satisfazer o consumidor, dentro de uma concepção de homem, plástico e maleável, que consome, silencia e evita os defeitos. Basicamente um covarde. Na verdade, nada que nos cause espanto.
A arte tampouco escapa disso, e faz décadas que esta inquietude foi revelada por figuras de destaque internacional e, por certo, também local. Entretanto, apesar das condições colocadas, aqueles que buscam a prática constante da livre expressão de seu interior, podem talvez lograr por momentos a ilusão de certa redenção.
Um pequeno roteiro de grande parte de tudo aquilo que serviu de guia, estímulo ou motivação para o desenvolvimento da obra de Parodi permite observar e constatar a presença de uma linha muito sólida demarcando um claro interesse expressivo em prol de uma emotividade oblíqua, tangencial, e um jeito próprio de lidar com as cores, atados à afabilidade e ao lado conflituoso de seus personagens.
Seria anacrônico, no meu entender, descrever o que eles expressam, pois esta instância apresenta-se hoje como singular e intransferível, onde cada observador estabelece sua horizontalidade, profundidade e hierarquia de vinculação. No autor, este vínculo é a busca subseqüente e o êxito de cada obra depende, além de forma, do grau alcançado em cada prática realizada. A arte, neste caso a pintura, é uma necessidade de ordem existencial para quem a realiza. Não é de estranhar portanto a orientação de profundamente individualista da obra de Parodi e um certo desenraizamento local.
Em que pese ser escasso ou nulo o interesse do artista em adotar práticas contemporâneas, sua obra consegue transitar por alguns fenômenos reconhecidos do cenário artístico internacional da atualidade.
Finalmente, a seleção de obras exibida em Marte Upmarket condensa em três instantâneos a cartografia e a orientação emocional e pictórica que apresenta grande parte de suas inquietudes e produção.
Diego Focaccio"
Exposición Colectiva (21 de julio hasta 15 de agosto de 2007) - Galeria Marte Upmarket - Calle Colón, 1468
Montevideo, Uruguai
(Vitrine principal)
Fonte: folheto distribuído pela Galeria Martes Upmarket na abertura da exposição.
Tradução e links: Marcílio Dias dos Santos.
Montevideo, Uruguai
(Vitrine principal)
Fonte: folheto distribuído pela Galeria Martes Upmarket na abertura da exposição.
Tradução e links: Marcílio Dias dos Santos.
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