TRADUÇÕES - DOENÇA DE PARKINSON

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quinta-feira, abril 17, 2008

AGONISTAS X LEVODOPA

Center for the Advancement of Health. "Parkinson's Drugs Tradeoff: Better Muscle Control, Worse Side Effects, Review Shows." ScienceDaily 15 April 2008. 16 April 2008 .

FONTE: http://www.hbns.org/getDocument.cfm?documentID=1694

Release Date:April 15, 2008, 7:01 PM US Eastern time
Parkinson’s Drugs Tradeoff: Better Muscle Control, Worse Side Effects
By Becky Ham, Science Writer
Health Behavior News Service
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Comparados aos antigos medicamentos para doença de Parkinson, uma nova classe de drogas denominadas agonistas dopaminérgicos podem ser melhor para prevenir alguns dos problemas incapacitantes do controle muscular associados à doença e seu tratamento, conclui uma nova revisão de estudos recentes.


Contudo, pacientes que tomam agonistas acusam aumento de numerosos efeitos colaterais - de sonolência, a náuseas e alucinações, em alguns casos - e são mais propensos a abandonar o tratamento do que as pessoas que seguem o tratamento mais antigo com levodopa ou sem droga nenhuma.

"Os doentes em tratamento com agonistas dopaminérgicos mostraram-se duas vezes mais propensos a abandonar o tratamento, levando a crer que os efeitos colaterais eram graves o suficiente para ter um impacto significativo sobre a qualidade de vida dos mesmos, sobrepondo-se aos problemas de controle muscular", disse Rebecca Stowe, da Universidade de Birmingham, a principal coordenaddora da revisão.


A revisão dos estudos aparece na última edição da The Cochrane Library, uma publicação da The Cochrane Collaboration, organização internacional que avalia a pesquisa médica. Revisões sistemáticas como esta verificam as conclusões baseadas em evidências sobre a prática médica após considerar tanto o conteúdo com a qualidade dos experimentos médicos existentes sobre um tópico.

A doença de Parkinson é uma enfermidade degenerativa do sistema nervoso que pode causar distúrbios dos movimentos e da fala de uma pessoa. Os agonistas da dopamina, drogas que estimulam no cérebro a produção da dopamina, importante neurotransmissor, são usados cada vez mais como terapias “first-line” para a doença.


A levodopa, uma droga há muito conhecida que metabolizada pelo cérebro pode produzir dopamina, é também usada largamente no tratamento de Parkinson. Entretanto, pacientes que a usam muito tempo podem desenvolver quadros dolorosos de espasmos musculares involuntários, torções e movimentos repetitivos.

Stowe e colegas revisaram 29 estudos que abrangeram 5.247 pacientes em estágio inicial da doença de Parkinson e que não apresentavam qualquer sinal significativo de problemas musculares e do movimento. Alguns desses estudos comparavam os agonistas da dopamina somente com a levodopa, enquando outros usavam uma combinação de agonistas e levodopa.

Não havia diferença significativa nas taxas de mortalidade entre pacientes que usavam os agonistas da dopamina e aqueles que não faziam uso dessas drogas, observaram os pesquisadores.

"O mais importante, a revisão destacou que a relação riscos versus benefícios dos agonistas da dopamina permanece obscura" disse Stowe, que opinou pela realização de estudos adicionais englobando qualidade de vida dos pacientes e custos econômicos dos tratamentos.

Os pesquisadores estão rastreando um outro efeito incômodo dos agonistas da dopamina - sua ligação potencial com comportamentos compulsivos tais como vicio em jogos de azar e hipersexualidade. O Dr. Joseph Jankovic, um especialista em doença de Parkinson e distúrbios motores, do Baylor College of Medicine, afirma que os agonistas dopaminérgicos "jogam um papel importante no desencadeamento desses sintomas não motores" que aparecem em alguns pacientes com doença de Parkinson, particularmente em homens e entre homens adultos que desenvolvem a doença ainda jovens.


A Cochrane review revela que o co-auor Carl E. Clarke, da University of Birmingham, recebeu ajuda dos fabricantes de algumas drogas discutidas na revisão.

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Stowe RL, et al. Dopamine agonist therapy in early Parkinson disease. The Cochrane Database of Systematic Reviews 2008, Issue 2.

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FONTE:
Center for the Advancement of Health

Tradução: Marcilio Dias dos Santos, com ajuda do Babel Fish da Altavista