PARKINSON AFETA A HABILIDADE PARA DIRIGIR COM SEGURANÇA
Por Anne Harding
novembro 23 (quinta), 2:46 PM ET
NEW YORK (Reuters Saúde) - Um estudo recente mostra que pessoas com doença de Parkinson quando dirigem um veículo tem dificuldade para lidar com sinais de trânsito e com as placas indicativas, e estão mais sujeitas a cometer erros que comprometem a segurança nas estradas.
Estas dificuldades estão relacionadas, segundo os pesquisadores, antes aos aspectos cognitivos e visuais do Parkinson do que com os sintomas motores conhecidos, tais como o tremor.
As pessoas com Parkinson frequentemente continuam a dirigir, e alguns o fazem bem e com segurança, mas não há atualmente nenhuma maneira confiável para testar quem será melhor ao volante, afirma o Dr. Ergun Uc, da Universidade de Iowa, em entrevista à Reuters Saúde. Ele coordena há cinco anos um estudo patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos com pacientes de Parkinson com o objetivo de desenvolver um sistema para avaliar sua capacidade de dirigir.
Nessa pesquisa, que é parte do estudo mais amplo, Uc e seus colegas examinaram 79 motoristas com doença de Parkinson e 151 velhos saudáveis, aos quais aplicaram uma bateria dos testes para medir suas habilidades visuais, cognitivas e motoras.
Os participantes do estudo percorreram 16,7 milhas em uma camionete Ford equipada com uma variedade de sensores e câmeras. Foi pedido a eles para observar e relatar a presença de sinais de trânsito e de restaurantes aproximadamente um minuto antes que suas placas de sinalização aparecessem. Eles foram monitorados também quanto à direção insegura, tais como mudar de faixa, andar no acostamento da estrada, retardar o trânsito ou parar de forma incorreta.
Na média, os pacientes com Parkinson, comparando-os ao grupo de controle, saíram-se significativamente piores nos testes da estrada, segundo relatam os autores nos Anais de Neurologia.
Por exemplo, cometeram 0,64 erros de segurança por milha, índice esse que triplicou quando foi pedido para identificarem a sinalização enquanto dirigiam.
O grupo de controle cometeu em média 0.15 erros por milha ao dirigir, e 0.45 erros por a milha identificando a sinalização.
Os pacientes com Parkinson conseguiram identificar 47.8 por cento das placas e dos sinais de trânsito, comparados a 58.7 por cento do grupo de controle. Entretanto, no final, verificou-se que dezessete por cento dos pacientes com Parkinson não cometeram nenhum erro de segurança.
Uc também destacou que “os testes de cognição e visual são mais preditivos de erros ao volante e de desempenho ao dirigir do que os testes de função motora.”
Os resultados mostram claramente que pessoas com Parkinson dirigem de forma menos segura quando comparados com idosos sem a doença, e que os testes de visão não são suficientes para avaliar a habilidade para dirigir, afirma a Dr. Nancy J. Newman, da escola medicina da universidade Emory, de Atlanta, em um editorial que acompanha o estudo.
“Permanece a questão de saber se a identificação antecipada e a aplicação de reabilitação resolveria aqueles aspectos mais problemáticos deste grupo de pacientes, melhorando seu desempenho ao volante e prolongando sua independência, sem arriscar sua segurança e a segurança alheia.” escreve ela.
Fontes: YAHOO NEWS
Annals do Neurology, outubro 2006.
Medline Plus
Traddução: Marcilio Dias dos Santos c/ revisão de Pedro A.A.Santos.
Por Anne Harding
novembro 23 (quinta), 2:46 PM ET
NEW YORK (Reuters Saúde) - Um estudo recente mostra que pessoas com doença de Parkinson quando dirigem um veículo tem dificuldade para lidar com sinais de trânsito e com as placas indicativas, e estão mais sujeitas a cometer erros que comprometem a segurança nas estradas.
Estas dificuldades estão relacionadas, segundo os pesquisadores, antes aos aspectos cognitivos e visuais do Parkinson do que com os sintomas motores conhecidos, tais como o tremor.
As pessoas com Parkinson frequentemente continuam a dirigir, e alguns o fazem bem e com segurança, mas não há atualmente nenhuma maneira confiável para testar quem será melhor ao volante, afirma o Dr. Ergun Uc, da Universidade de Iowa, em entrevista à Reuters Saúde. Ele coordena há cinco anos um estudo patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos com pacientes de Parkinson com o objetivo de desenvolver um sistema para avaliar sua capacidade de dirigir.
Nessa pesquisa, que é parte do estudo mais amplo, Uc e seus colegas examinaram 79 motoristas com doença de Parkinson e 151 velhos saudáveis, aos quais aplicaram uma bateria dos testes para medir suas habilidades visuais, cognitivas e motoras.
Os participantes do estudo percorreram 16,7 milhas em uma camionete Ford equipada com uma variedade de sensores e câmeras. Foi pedido a eles para observar e relatar a presença de sinais de trânsito e de restaurantes aproximadamente um minuto antes que suas placas de sinalização aparecessem. Eles foram monitorados também quanto à direção insegura, tais como mudar de faixa, andar no acostamento da estrada, retardar o trânsito ou parar de forma incorreta.
Na média, os pacientes com Parkinson, comparando-os ao grupo de controle, saíram-se significativamente piores nos testes da estrada, segundo relatam os autores nos Anais de Neurologia.
Por exemplo, cometeram 0,64 erros de segurança por milha, índice esse que triplicou quando foi pedido para identificarem a sinalização enquanto dirigiam.
O grupo de controle cometeu em média 0.15 erros por milha ao dirigir, e 0.45 erros por a milha identificando a sinalização.
Os pacientes com Parkinson conseguiram identificar 47.8 por cento das placas e dos sinais de trânsito, comparados a 58.7 por cento do grupo de controle. Entretanto, no final, verificou-se que dezessete por cento dos pacientes com Parkinson não cometeram nenhum erro de segurança.
Uc também destacou que “os testes de cognição e visual são mais preditivos de erros ao volante e de desempenho ao dirigir do que os testes de função motora.”
Os resultados mostram claramente que pessoas com Parkinson dirigem de forma menos segura quando comparados com idosos sem a doença, e que os testes de visão não são suficientes para avaliar a habilidade para dirigir, afirma a Dr. Nancy J. Newman, da escola medicina da universidade Emory, de Atlanta, em um editorial que acompanha o estudo.
“Permanece a questão de saber se a identificação antecipada e a aplicação de reabilitação resolveria aqueles aspectos mais problemáticos deste grupo de pacientes, melhorando seu desempenho ao volante e prolongando sua independência, sem arriscar sua segurança e a segurança alheia.” escreve ela.
Fontes: YAHOO NEWS
Annals do Neurology, outubro 2006.
Medline Plus
Traddução: Marcilio Dias dos Santos c/ revisão de Pedro A.A.Santos.